A Anti-Defamation League (ADL) anunciou a remoção imediata de seu ‘Glossário de Extremismo e Ódio’ após receber forte reação pública por incluir o grupo conservador Turning Point USA (TPUSA) na lista de organizações extremistas. A controvérsia ganhou destaque após o assassinato do cofundador do TPUSA, Charlie Kirk, em Utah Valley University, enquanto falava para estudantes no campus. O glossário da ADL classificava o TPUSA como ligado a extremistas de direita e a movimentos como o alt-right e ativistas anti-muçulmanos.
O documento, que continha mais de mil entradas acumuladas ao longo dos anos, também listava declarações controversas atribuídas a membros do TPUSA desde 2015, além de associar Kirk ao uso do movimento para promover o nacionalismo cristão. A decisão da ADL ocorre após críticas públicas, incluindo do CEO da Tesla, Elon Musk, que acusou a organização de odiar cristãos e de incentivar violência com rótulos considerados falsos e difamatórios. Legisladores republicanos também defenderam o TPUSA, contestando a classificação como grupo de ódio.
Com a retirada do glossário, a ADL pretende revisar suas estratégias para apresentar dados e pesquisas sobre extremismo de forma mais eficaz, mantendo o foco no combate ao antissemitismo e ao ódio. A polêmica reacende o debate sobre os critérios usados para definir grupos extremistas e os limites entre discurso político e incitação ao ódio, com possíveis impactos na reputação da ADL e na percepção pública sobre o tema.

