A influência perturbadora de ‘Lúcifer’ de Franz von Stuck

Fernando Alcântara Mendonça
Tempo: 2 min.

A pintura ‘Lúcifer’, do artista Franz von Stuck, provocou terror e fascínio desde sua exposição em 1890. Retratando o anjo caído em uma pose contemplativa, a obra desafia as convenções sobre o diabo, sugerindo uma complexidade emocional que vai além da maldade convencional. O olhar penetrante de Lúcifer convida o espectador a uma reflexão sobre orgulho e ambição.

Com temas de sedução e dualidade, ‘Lúcifer’ se destaca como um dos trabalhos mais icônicos de Stuck, que, apesar de sua popularidade inicial, caiu no esquecimento até ser redescoberto em 1968. O quadro foi adquirido pelo príncipe Ferdinand da Bulgária, que, ao expô-lo, fez com que seus ministros buscassem proteção espiritual ao se depararem com a obra, criando uma tradição de benzer-se ao passar pela pintura. Essa reação reflete o impacto emocional que a arte pode ter sobre o público, mesmo décadas após sua criação.

Hoje, ‘Lúcifer’ integra a coleção da Galeria Nacional de Arte Estrangeira da Bulgária, onde continua a instigar curiosidade e temor. A trajetória de Franz von Stuck, que também foi um dos favoritos de Hitler, revela como a apreciação artística pode ser influenciada por contextos históricos e sociais. Assim, a obra permanece não apenas como uma peça de arte, mas como um símbolo de debates sobre moralidade e ambiguidade na natureza humana.

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