A recente fase do plano de Donald Trump para Gaza trouxe um alívio aparente a líderes europeus, com a esperança renovada após o cessar-fogo e a liberação de prisioneiros. Contudo, essa situação também serve como uma desculpa para a Europa continuar sua inação diante da crise. A falta de ação efetiva coloca em questão a credibilidade da Europa, que parece hesitar em responsabilizar Israel por suas ações na região.
Durante o conflito, os governos da UE demonstraram divisões internas e paralisia política, o que comprometeu sua capacidade de agir de forma unificada. Essa inércia é ainda mais preocupante quando se considera que a Europa continua a manter laços econômicos e militares com Israel, mesmo diante de evidências de crimes de guerra. A indignação popular cresce, especialmente entre os jovens, que se sentem desconectados das decisões tomadas por seus líderes.
As implicações dessa situação são profundas, pois a inação da Europa pode reforçar a sensação de impunidade em relação às violações de direitos humanos. Para restaurar sua credibilidade, a Europa deve urgentemente adotar uma postura proativa e exigir responsabilidade, não apenas para prevenir novos horrores, mas também para se reconectar com sua própria população. O futuro da política europeia em relação ao Oriente Médio depende de uma resposta corajosa e comprometida com os direitos humanos.


