Em março, a cidade costeira de Baniyas, na Síria, enfrentou uma onda de violência sectária que deixou a população em estado de pânico. Munir, um residente local, relatou como ele e sua família passaram a noite do dia 6 em um pequeno quarto, enquanto tropas do governo e milicianos invadiam seu bairro, fazendo perguntas sobre a identidade religiosa dos moradores. A resposta a essa pergunta muitas vezes determinava se os residentes seriam poupados ou se enfrentariam saques e até execuções. A situação caótica, marcada por ataques aleatórios e falta de coordenação entre os grupos armados, ilustra a profunda divisão sectária que permeia o país. A experiência de Munir e sua família destaca a fragilidade da convivência entre as comunidades na Síria e levanta sérias questões sobre a possibilidade de reconciliação em um país devastado pela guerra e pelo sectarismo.