O ministro das Relações Exteriores da Venezuela, Yván Gil, declarou que o país não está buscando um confronto militar com os Estados Unidos ou qualquer outra nação. A afirmação foi feita em resposta ao ataque fatal da Marinha dos EUA a uma embarcação supostamente envolvida no tráfico de drogas no Caribe, enquanto as tensões entre Caracas e Washington se intensificam. Gil, em entrevista na Casa Amarilla em Caracas, reafirmou que a Venezuela está disposta a defender seu território, mas não deseja um conflito.
As relações entre os EUA e a Venezuela têm sido historicamente tensas, especialmente sob a administração do ex-presidente Donald Trump, que adotou uma postura agressiva em relação ao governo de Nicolás Maduro. O ataque recente da Marinha americana gerou preocupações em Caracas sobre possíveis intenções de desestabilização do regime. Gil também mencionou que a Venezuela solicitou ao Conselho de Direitos Humanos da ONU uma investigação sobre o incidente, apesar das críticas ao histórico de direitos humanos do país.
Embora tenha descartado uma escalada militar, Gil enfatizou que a Venezuela está preparada para enfrentar qualquer ameaça. A mobilização de 4,5 milhões de milicianos para defender o país reflete a determinação do governo em resistir ao que considera imperialismo dos EUA. A situação continua a evoluir, com a comunidade internacional observando atentamente as ações dos dois países na região do Caribe.