No último sábado (13), Valdemar Costa Neto, presidente do Partido Liberal (PL), fez declarações controversas ao reconhecer a existência de um ‘planejamento de golpe’ relacionado aos eventos de 8 de janeiro, embora tenha negado que isso constitua crime. Durante um evento em São Paulo, ele criticou a interpretação do Supremo Tribunal Federal (STF) sobre os atos ocorridos, afirmando que os responsáveis foram indivíduos sem organização ou recursos. Sua fala provocou reações adversas entre os apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro, que insistem na ausência de qualquer planejamento golpista.
A declaração de Costa Neto foi recebida com descontentamento por figuras próximas a Bolsonaro, como o ex-ministro Fabio Wajngarten, que questionou a veracidade das afirmações e exigiu esclarecimentos sobre quem teria financiado tal planejamento. Além disso, o deputado Ricardo Salles (Novo-SP) também se manifestou, insinuando que já havia alertado sobre as consequências de tais declarações. Essa troca de farpas evidencia a tensão crescente dentro do espectro político que apoia o ex-presidente.
As implicações das falas de Costa Neto podem ser significativas, especialmente no que diz respeito à articulação para a aprovação do projeto de anistia no Congresso Nacional. A divisão entre os aliados e a oposição pode dificultar ainda mais o diálogo político e a construção de consensos necessários para avançar com propostas legislativas em um ambiente já polarizado. O desdobramento dessa situação poderá influenciar o futuro político do PL e suas relações com o governo atual.