Pesquisadores do Departamento de Química da Universidade de São Paulo (USP) em Ribeirão Preto (SP) criaram uma embalagem biodegradável a partir de amido de mandioca, que se decompõe em até 30 dias. Essa inovação surge como uma alternativa sustentável ao poliestireno expandido, conhecido como isopor, que leva até 500 anos para se decompor. O desenvolvimento do material ocorreu no Laboratório de Biopolímeros Agroindustriais e levou quatro anos para ser concluído.
O pesquisador Guilherme José Aguilar destacou que a nova embalagem é totalmente sustentável e possui custo reduzido, pois utiliza resíduos alimentares. No entanto, a bandeja tem limitações, como a absorção de líquidos, o que restringe seu uso para certos tipos de alimentos. A professora Delia Rita Tapia Blacido ressaltou a importância da pesquisa diante da preocupação global com os impactos ambientais dos derivados de petróleo.
A expectativa é que os estudos avancem para viabilizar a produção em escala comercial, oferecendo uma alternativa mais sustentável às embalagens tradicionais. O comerciante Robson Ziotti acredita que a adoção de embalagens biodegradáveis será inevitável e que, com o tempo, os custos se tornarão mais acessíveis, refletindo um movimento global em direção à sustentabilidade.