A federação União Progressista, que reúne os partidos União Brasil e Progressistas, anunciou nesta terça-feira, 2 de setembro, sua saída oficial da base do governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT). A decisão foi comunicada em Brasília pelos presidentes Antônio de Rueda (UB) e Ciro Nogueira (PP) e representa uma vitória política do governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil), que vinha defendendo publicamente essa ruptura desde o início do ano. Com essa medida, todos os filiados das duas legendas que ocupam cargos no Executivo federal deverão entregar suas funções. Em nota, a federação alertou sobre sanções em caso de descumprimento da determinação, destacando a necessidade de clareza e coerência nas ações políticas. Caiado comemorou a decisão em um vídeo nas redes sociais, afirmando que a ruptura garante uma identidade política clara e projeta um rumo definido para a federação. Ele enfatizou que a política não pode ter ‘pé em duas canoas’ e que agora o partido tem um norte claro: federado com o PP, visando derrotar o PT em 2026. A decisão encerra meses de tensão interna e fortalece a narrativa de Caiado como pré-candidato competitivo. No entanto, a saída também gerou reações no Planalto. A ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann (PT), afirmou que respeitam a decisão da federação, mas ressaltou que quem permanecer no governo deve ter compromisso com as pautas defendidas por Lula. Essa declaração busca preservar a estabilidade da base aliada, mesmo com a saída de duas siglas importantes. Desde abril, quando lançou sua pré-candidatura, Caiado tem percorrido o país apresentando seu modelo de gestão em Goiás como uma vitrine eleitoral. Para seus aliados, o rompimento nacional consolida seu discurso e posiciona a União Progressista como um dos principais polos de articulação da centro-direita para as eleições de 2026.