O governador Ronaldo Caiado (UB) anunciou o rompimento oficial do União Brasil com o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Após reunião da federação União Progressista, Caiado afirmou que a decisão implica na saída de todos os filiados do partido do governo federal e de parcerias com partidos da esquerda. Com essa medida, os ministros Celso Sabino (Turismo) e André Fufuca (Esporte) deverão deixar seus cargos até o fim de setembro, reduzindo a base governista na Câmara para apenas 259 deputados.
A decisão foi tomada em um contexto de crescente pressão sobre o governo Lula, especialmente após o presidente solicitar fidelidade dos ministros do centrão em uma reunião ministerial. A expectativa é que a saída dos ministros aumente a instabilidade política em um momento em que a popularidade do presidente está em queda. Além disso, a federação União Progressista manifestou apoio a um projeto de anistia ao ex-presidente Jair Bolsonaro, embora mantenha a inelegibilidade do ex-mandatário.
O rompimento do União Brasil pode ter implicações significativas para as eleições de 2026, já que o partido busca se articular para conquistar novos espaços políticos. Apesar da saída, algumas indicações políticas do União Brasil e do PP devem permanecer na administração, indicando uma complexa dinâmica política que pode influenciar os próximos passos do governo Lula e as estratégias eleitorais das legendas envolvidas.