O Reunião Nacional (RN), partido de ultradireita da França, está ajustando uma lista de candidatos para uma possível eleição legislativa antecipada, motivado pela crise orçamentária que afeta o governo de Emmanuel Macron. O partido, que se considera o maior grupo parlamentar individual, busca evitar os “erros de elenco” que comprometeram suas chances nas últimas votações. A dissolução do Parlamento é vista como a única solução para o presidente Macron, e o RN acredita que pode finalmente conquistar uma maioria parlamentar.
Com 85% dos candidatos já selecionados, o RN se prepara para competir em quase todos os 577 distritos eleitorais da França, exceto onde aliados têm mais chances. A líder do partido, Marine Le Pen, enfrenta desafios legais que podem afetar sua posição, mas continua otimista quanto ao futuro do RN nas eleições de 2027. O partido implementou um rigoroso processo de seleção e treinamento para seus candidatos, visando evitar novas controvérsias que possam prejudicar sua imagem.
As implicações dessa movimentação são significativas, pois uma nova eleição poderia alterar o equilíbrio de poder na França, dando à ultradireita uma influência sem precedentes na segunda maior economia da zona do euro. O RN está ciente dos riscos associados à apresentação de candidatos controversos e tem adotado medidas para garantir que sua retórica não afaste os eleitores. A expectativa é que a dissolução do Parlamento e a subsequente eleição possam reconfigurar o cenário político francês nos próximos anos.