Pesquisadores da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) estão à frente de um avanço significativo na medicina regenerativa com a polilaminina, uma proteína que pode auxiliar na recuperação de movimentos em pacientes com lesão na medula espinhal. Estudos recentes mostraram que, após a aplicação da substância em cães paraplégicos, quatro deles conseguiram voltar a andar, enquanto outros apresentaram melhorias na marcha. Além disso, a polilaminina foi testada em pequenos grupos de voluntários humanos, resultando em ganhos de mobilidade considerados improváveis sem intervenção.
A polilaminina é uma versão sintética da laminina, uma proteína essencial no desenvolvimento embrionário que facilita a conexão entre neurônios. Os pesquisadores destacam que os resultados obtidos até agora são preliminares e que mais estudos são necessários para confirmar a eficácia em larga escala. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) informou que ainda não há pedido formal para o uso clínico da polilaminina, e o processo atual refere-se apenas à proposta de ensaios clínicos regulatórios.
Embora os avanços iniciais sejam promissores, o caminho para que a polilaminina se torne um tratamento disponível no Sistema Único de Saúde (SUS) é extenso e envolve várias etapas rigorosas, incluindo estudos pré-clínicos e ensaios clínicos em humanos. A expectativa é alta, mas os cientistas alertam para a necessidade de cautela até que todos os testes sejam concluídos e a segurança do tratamento seja comprovada.