Pesquisadores da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) aplicaram uma técnica avançada de fotografia multiespectral para recuperar detalhes invisíveis em obras do pintor modernista Alberto da Veiga Guignard. A técnica permitiu a visualização de dedicatórias e assinaturas que estavam se apagando em desenhos da década de 1950, revelando elementos arquitetônicos e paisagens de Ouro Preto. A restauradora Larissa Oliveira liderou o projeto, destacando a importância da tecnologia na preservação do patrimônio artístico.
A fotografia multiespectral combina diferentes tipos de luz, incluindo ultravioleta e infravermelho, para capturar nuances imperceptíveis ao olho humano. Alexandre Leão, coordenador do iLab e do PrismaLab da UFMG, explica que a conexão de várias imagens em software especializado torna visíveis detalhes que antes eram invisíveis. O trabalho não só recupera a integridade das obras, mas também enriquece a experiência do público ao apreciar a arte.
As reproduções das obras restauradas foram impressas em papel de alta qualidade, garantindo que mais pessoas possam conhecer os desenhos e o resultado da tecnologia aplicada. As obras estão em exibição no Museu Casa Guignard, em Ouro Preto, com entrada gratuita, permitindo que o público tenha acesso a um legado artístico significativo e revitalizado pela inovação científica.