O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, receberá nesta segunda-feira (29) o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, na Casa Branca para tratar de um plano de cessar-fogo em Gaza. A proposta, elaborada pelos EUA e apresentada no último dia 23 a líderes de países do Oriente Médio e Ásia durante a 80ª Assembleia Geral da ONU, inclui 21 medidas que visam o retorno imediato da ajuda humanitária e a retirada gradual das forças israelenses do território.
O plano condiciona o cessar-fogo à libertação em até 48 horas dos prisioneiros israelenses detidos pelo Hamas e prevê anistia ou saída dos combatentes palestinos que renunciarem à resistência. Também propõe a criação de uma Autoridade Internacional de Transição para Gaza, possivelmente liderada pelo ex-primeiro-ministro britânico Tony Blair, com participação de diplomatas e empresários regionais, além de uma força multinacional para garantir segurança e acesso humanitário. O orçamento inicial estimado é de US$ 90 milhões no primeiro ano.
Apesar do avanço nas negociações, o Hamas afirmou não ter recebido oficialmente o plano, mas se mostrou aberto a analisá-lo. Internamente, o governo israelense enfrenta forte oposição de ministros da extrema direita que rejeitam a proposta e defendem medidas mais duras contra Gaza. O plano ainda depende do aval da ONU e dos mediadores egípcio e catariano, enquanto os conflitos na região continuam em escalada.