O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, entrou com um processo contra o New York Times, quatro jornalistas do veículo e a editora Penguin Random House, reivindicando uma indenização de pelo menos US$ 15 bilhões (R$ 79,8 bilhões) por difamação. A ação foi protocolada na segunda-feira (15) em um tribunal federal da Flórida e se baseia em uma série de artigos do NYT que, segundo Trump, o classificam como inapto para o cargo. Além disso, o processo menciona o livro “Lucky Loser”, publicado pela Penguin, que também teria contribuído para a difamação do ex-presidente.
Na documentação apresentada à Justiça, os advogados de Trump alegam que as publicações continham “distorções repugnantes” e fabricaram uma narrativa negativa sobre sua vida pessoal e empresarial. O impacto dessas reportagens teria causado danos significativos à reputação de Trump e afetado seus negócios, como evidenciado pela desvalorização das ações da Trump Media and Technology Group (TMTG). Trump expressou sua indignação em sua rede social, afirmando ter a honra de abrir o processo por difamação e calúnia.
Este movimento judicial ocorre em um contexto de crescente tensão entre Trump e a mídia, especialmente após reportagens que questionam seus laços com Jeffrey Epstein. A ofensiva contra veículos de comunicação se intensificou durante seu segundo mandato, com ações anteriores contra o Wall Street Journal e a Paramount. A situação levanta questões sobre a liberdade de imprensa e os limites da crítica jornalística em relação a figuras públicas como Trump.