Após a derrota nas eleições de 2020, o ex-presidente Donald Trump enfrentou múltiplas investigações em diferentes frentes, incluindo processos em Nova York, Geórgia e Washington. Entre os casos mais destacados estão a elevação das acusações relacionadas a pagamentos à Stormy Daniels, investigações sobre documentos classificados e a famosa ligação para o secretário eleitoral da Geórgia. Além disso, ações civis contra Trump por supostas fraudes imobiliárias também marcaram esse período.
Trump considera essas investigações como perseguições políticas e tem respondido com uma ofensiva inédita, utilizando o Departamento de Justiça para investigar seus adversários, como o ex-diretor do FBI James Comey, a procuradora-geral de Nova York Letitia James e o promotor da Geórgia Fani Willis. A nomeação de aliados para cargos-chave no sistema judicial reforça essa estratégia de retaliação aberta, que rompe com normas tradicionais de independência das investigações criminais.
Essa escalada de confrontos legais e políticos pode ter impactos profundos no equilíbrio entre os poderes nos Estados Unidos, além de influenciar diretamente o ambiente eleitoral de 2024. A instrumentalização do sistema judicial para fins políticos levanta debates sobre a integridade das instituições e a preservação do Estado de Direito no país.

