O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou em 29 de setembro de 2025 a aplicação de tarifas de 10% sobre madeira bruta e serrada e de 25% sobre móveis estofados e armários de cozinha. A medida entra em vigor em 14 de outubro e foi justificada com base na segurança nacional, conforme previsto na Seção 232 da Lei de Comércio de 1962. Trump afirmou que as importações estão enfraquecendo a economia americana e ameaçando o fechamento de serrarias e a cadeia produtiva do setor madeireiro.
De acordo com o documento oficial, as tarifas poderão aumentar a partir de 1º de janeiro de 2026 para até 30% em móveis estofados e 50% em armários e gabinetes, caso os países exportadores não firmem acordos comerciais com os EUA. O Canadá, México e Vietnã são os principais afetados pela medida, que também prevê concessões para países com acordos comerciais vigentes, como Reino Unido, União Europeia e Japão. Trump ressaltou a importância estratégica dos produtos de madeira para infraestrutura crítica e defesa nacional.
No Brasil, o setor madeireiro já enfrenta dificuldades severas devido às tarifas americanas. Segundo a Abimci, desde o anúncio das taxações, cerca de 4.000 trabalhadores foram demitidos, com milhares em férias coletivas ou layoff. As exportações para os EUA caíram entre 35% e 50%, comprometendo um mercado que representa metade da produção nacional. A associação alerta para o risco de mais perdas de empregos e agravamento da crise nos próximos meses.