O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, declarou neste sábado (13) que está disposto a adotar novas sanções contra a Rússia, mas somente se todos os países da Otan suspenderem a compra de petróleo russo. Em uma publicação em rede social e em carta enviada aos líderes da aliança, Trump classificou como ‘chocante’ a postura de alguns países que ainda mantêm as importações do produto russo. Ele também acusou a Otan de demonstrar um ‘comprometimento inferior a 100%’ no esforço para pressionar Moscou.
Além das sanções energéticas, Trump defendeu que a Otan imponha tarifas de 50% a 100% sobre as importações da China, a serem retiradas apenas após o fim da guerra na Ucrânia. Segundo ele, essa medida reduziria a influência econômica de Pequim sobre Moscou e aceleraria a resolução do conflito. As declarações ocorrem em meio à crescente pressão de Washington para que aliados europeus reforcem sanções contra a Rússia, cuja economia é sustentada pelo petróleo e gás.
Analistas alertam que restrições mais duras podem provocar alta nos preços globais de energia, impactando diretamente as economias ocidentais e o apoio popular às medidas. Em resposta, a União Europeia reiterou que qualquer novo pacote seguirá suas próprias regras, enfatizando que sanções não devem ter aplicação extraterritorial. A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, afirmou que futuras medidas dependerão do consenso interno e da avaliação de impacto sobre os Estados-membros.