Donald Trump, presidente dos Estados Unidos, e Nicolás Maduro, líder da Venezuela, estão intensificando suas narrativas para convencer suas bases eleitorais em meio a crescentes tensões no Caribe. Recentemente, Trump justificou o deslocamento de oito navios de guerra ao Caribe com um ataque militar contra um suposto barco de drogas ligado ao cartel Tren de Aragua, que teria resultado na morte de 11 pessoas. Em resposta, Maduro acusou Trump de manipulação, afirmando que o vídeo apresentado pelo presidente americano foi produzido por inteligência artificial.
A retórica radical de ambos os líderes busca reforçar suas posições internas. Trump, que já apoiou a oposição venezuelana e reconheceu Juan Guaidó como presidente legítimo, agora enfrenta uma base eleitoral latina que rejeita qualquer aproximação com o regime de Maduro. Por outro lado, Maduro continua a sustentar seu governo por meio de um autoritarismo crescente, desafiando as críticas internacionais e as alegações de fraude eleitoral.
As implicações dessa escalada retórica podem ser profundas, com a possibilidade de uma ofensiva militar ou mudanças significativas na política externa dos EUA em relação à Venezuela. A recompensa oferecida pelo governo americano por informações que levem à prisão de Maduro foi elevada para US$ 50 milhões, sinalizando um endurecimento na postura americana. Contudo, tanto Trump quanto Maduro parecem relutantes em enfrentar as consequências de uma escalada militar direta.