Em 28 de setembro de 2025, os presidentes Donald Trump e Luiz Inácio Lula da Silva se encontraram na sala de espera do auditório da Organização das Nações Unidas, marcando um momento significativo nas relações entre Brasil e Estados Unidos. Este encontro é o resultado de uma intensa operação diplomática que visa desescalar as tensões entre os dois países, especialmente após a imposição de sanções americanas sobre produtos brasileiros, como carne e etanol. As conversas anteriores entre autoridades dos dois países indicam um esforço conjunto para encontrar soluções que evitem um agravamento da situação.
A reunião ocorre em um contexto onde a estratégia anterior de Eduardo Bolsonaro e Paulo Figueiredo, que buscava dividir o Supremo Tribunal Federal e forçar uma anistia para Jair Bolsonaro, falhou. Com a perda do monopólio de acesso à Casa Branca, as possibilidades de diálogo se ampliaram, permitindo que a pauta se desviasse das questões políticas internas para temas comerciais mais concretos. As expectativas são de que as negociações incluam a inclusão da carne e do café na lista de exceções às tarifas impostas, além de propostas brasileiras para reduzir tarifas sobre etanol e abrir o mercado para investimentos americanos.
Apesar das tentativas de aproximação, as diferenças entre os dois líderes permanecem significativas. A arte de Trump em buscar vitórias políticas pode entrar em conflito com a postura soberanista de Lula, dificultando um acordo formal. No entanto, ambos os lados reconhecem a necessidade de reduzir danos e encontrar um caminho que beneficie suas economias, refletindo a complexidade das relações internacionais contemporâneas.