O presidente Donald Trump está considerando a possibilidade de declarar uma emergência nacional habitacional neste outono, segundo o secretário do Tesouro, Scott Bessent. Essa ação tem como objetivo colocar a acessibilidade da habitação em destaque nas eleições de meio de mandato de 2026, especialmente em um cenário onde disputas de redistritamento ocorrem em vários estados. Esta seria a primeira declaração de emergência nacional relacionada à habitação desde a crise financeira de 2008.
Bessent afirmou que a administração está avaliando quais ações podem ser tomadas sem invadir a autonomia de governos estaduais e municipais. A declaração de emergência permitiria que Trump utilizasse uma série de poderes emergenciais, bypassando o Congresso, o que gerou críticas sobre o uso excessivo dessas declarações como uma forma de abuso de poder executivo. A crise habitacional nos EUA, que se intensificou nas últimas duas décadas, é caracterizada por uma escassez persistente de moradias e aumentos significativos nos preços, especialmente após a pandemia de COVID-19.
As implicações dessa possível declaração são vastas, pois poderiam permitir ao presidente implementar medidas para tentar mitigar a crise habitacional sem a necessidade de aprovação legislativa. A situação é crítica, com estimativas indicando uma falta de cerca de 4 milhões de casas nos EUA, e os preços das moradias subindo drasticamente em relação à renda familiar. A administração Trump também considera ações como padronização de códigos de construção e isenções tarifárias para materiais de construção, enquanto enfrenta desafios legais e críticas sobre sua abordagem às emergências nacionais.