O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, declarou nesta terça-feira (30/9), durante discurso na Base do Corpo de Fuzileiros Navais de Quantico, Virgínia, que seria um insulto ao país caso não receba o Prêmio Nobel da Paz. Ele argumentou que o prêmio deveria reconhecer os esforços dos EUA na mediação de conflitos internacionais, destacando ter apresentado soluções para sete guerras em andamento que causam milhares de mortes. Trump mencionou o acordo anunciado no dia anterior entre Israel e Hamas como uma possível solução para o conflito na Faixa de Gaza, classificando-o como uma iniciativa para transformar a região em uma zona livre de terrorismo.
Durante o discurso, o presidente também criticou a Organização das Nações Unidas (ONU), afirmando que a entidade não teria dado a devida atenção a países diretamente afetados por guerras, alegando falta de contato com seus líderes. Alguns governos manifestaram apoio à candidatura de Trump ao Nobel da Paz: o vice-primeiro-ministro do Camboja pretende indicá-lo, o Paquistão anunciou intenção de recomendá-lo pelas negociações com a Índia, e Israel deve seguir essa linha segundo aliados do presidente.
No entanto, episódios recentes de ofensivas militares ordenadas por Trump complicam sua candidatura. Entre elas estão bombardeios no Irã e no Iêmen, onde ataques a embarcações suspeitas de transportar drogas no Caribe resultaram em 11 mortes. Essas ações geram questionamentos sobre a viabilidade da indicação ao prêmio, colocando em dúvida se o reconhecimento será concedido ao líder norte-americano.