O ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, declarou em 30 de setembro de 2025 que o uso de acetaminofeno (Tylenol) durante a gravidez seria a causa do autismo. A afirmação foi amplamente contestada por especialistas da área médica e pelo Journal of the American Medical Association (JAMA), que ouviu o professor Brian Lee, autor de um dos estudos mais abrangentes sobre o tema. Lee ressaltou que, apesar de pesquisas indicarem possíveis associações, não há evidências científicas definitivas que comprovem essa relação direta.
O contexto da declaração ocorre em meio a debates contínuos sobre as causas do autismo, uma condição complexa com múltiplos fatores genéticos e ambientais. O professor Lee destacou que estudos científicos exigem rigor metodológico para evitar conclusões precipitadas, e que o uso do acetaminofeno durante a gestação deve ser avaliado com cautela, sempre sob orientação médica. A disseminação de informações incorretas pode gerar confusão e prejudicar políticas públicas de saúde.
As implicações dessa controvérsia envolvem a necessidade de comunicação responsável por parte de figuras públicas, especialmente quando abordam temas sensíveis como saúde infantil. A desinformação pode impactar decisões de gestantes e profissionais da saúde, além de influenciar o debate público sobre autismo. O episódio reforça a importância do diálogo baseado em evidências científicas para orientar políticas e práticas médicas.