Em agosto de 2023, três corpos foram encontrados em Santa Cruz de la Sierra, Bolívia, em um crime que expõe a brutalidade do narcotráfico na região. As vítimas, Dejanco Lazarevski, de 43 anos, da Macedônia do Norte, e os sérvios Miljan Gjekic, de 38 anos, e Vanja Milosevic, de 41 anos, foram torturadas antes de serem executadas com tiros na cabeça. O caso não é isolado, mas sim um reflexo da crescente disputa pelo controle do narcotráfico entre facções criminosas, incluindo o Primeiro Comando da Capital (PCC), sob a liderança do traficante Sebastian Marset.
A Bolívia, que se tornou um dos maiores produtores de cocaína do mundo, está no centro de uma rede internacional de narcotráfico que conecta a América do Sul à Europa. A aliança entre Marset e o PCC começou nas prisões uruguaias e se consolidou em um modelo operacional que controla toda a cadeia do tráfico, desde a produção até a distribuição. A cidade de Santa Cruz de la Sierra se destaca como um ponto estratégico para essas operações, oferecendo acesso a rotas logísticas essenciais para o tráfico.
As implicações desse cenário são alarmantes, pois indicam uma escalada da violência e da complexidade das organizações criminosas na região. O PCC, que já possui influência significativa no Brasil, agora expande suas operações na Bolívia, transformando o país em um hub crucial para o tráfico de cocaína. Essa nova fase da guerra da cocaína pode resultar em um aumento da violência e desafios ainda maiores para as autoridades locais e internacionais no combate ao crime organizado.