O Tribunal Regional Federal da 2ª Região decidiu, nesta segunda-feira (8), manter a prisão preventiva do ex-deputado Thiego Raimundo dos Santos Silva, conhecido como TH Joias, e de outros 13 indivíduos envolvidos na Operação Zargun. A decisão foi unânime e ocorre após a detenção de TH Joias em um condomínio de luxo na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro, onde ele é acusado de intermediar a compra e venda de armas para o Comando Vermelho, uma das principais facções criminosas do estado.
As investigações apontam que TH Joias possui ligações diretas com líderes do Comando Vermelho em comunidades como Complexo do Alemão e Maré. Além de negociar armamentos, ele também estaria envolvido na venda de drogas e equipamentos para dificultar ações policiais. O desembargador federal Macario Neto destacou que o ex-deputado e sua esposa movimentaram mais de R$ 13 milhões entre 2021 e 2023, com transações financeiras que levantaram suspeitas de lavagem de dinheiro.
Diante da gravidade das acusações, o desembargador determinou que os principais envolvidos sejam transferidos para o sistema penitenciário federal de segurança máxima. A decisão reflete a preocupação com a periculosidade dos acusados e sua capacidade de interferir na administração da Justiça, evidenciando a complexidade da relação entre política e crime organizado no Brasil.