Em 2023, mais de 100 países se uniram para assinar o Tratado das Águas Altas, um acordo histórico que busca proteger 30% dos oceanos do mundo. Liderada por Lisa Speer, a iniciativa visa estabelecer áreas marinhas protegidas em águas internacionais, que enfrentam ameaças como poluição e mineração em alto-mar. O tratado é considerado um marco na diplomacia climática e pode ser ratificado durante a Assembleia Geral da ONU, prevista para ocorrer entre os dias 22 e 26 de setembro deste ano.
O Tratado das Águas Altas surge em um contexto desafiador, onde a proteção ambiental enfrenta retrocessos em algumas nações, especialmente nos Estados Unidos. Atualmente, apenas 8% dos oceanos são designados como áreas marinhas protegidas, com menos de 3% efetivamente protegidas. A ratificação do tratado por 60 países acionará um prazo de 120 dias para que o acordo se torne uma lei internacional vinculativa, permitindo que nações proponham e negociem as primeiras áreas protegidas em alto-mar.
A implementação do tratado é vista como um imperativo moral e um passo fundamental para a preservação da biodiversidade marinha. Embora muitos detalhes sobre a gestão das atividades industriais ainda precisem ser definidos, o acordo estabelece uma base sólida para futuras ações. A proteção das águas altas não apenas beneficiará o meio ambiente, mas também promoverá a justiça social e o desenvolvimento sustentável em países em desenvolvimento, garantindo um futuro mais saudável para os oceanos do planeta.

