A 4ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de São Paulo absolveu nesta terça-feira, 16, Eduardo Tagliaferro, ex-assessor do ministro Alexandre de Moraes no Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Tagliaferro havia sido condenado a 2 anos e 8 meses de reclusão por disparo de arma de fogo em um contexto de violência doméstica, mas a decisão foi unânime, com os desembargadores afirmando que não havia provas suficientes para sustentar a condenação.
O advogado de Tagliaferro, Eduardo Kuntz, elogiou a nova decisão, afirmando que ela é “irretocável” e reestabelece a dignidade do ex-assessor. Com a absolvição, Tagliaferro terá sua pistola calibre 9 milímetros devolvida. O caso também está ligado à divulgação de mensagens do gabinete de Moraes, com investigações em andamento sobre possíveis vazamentos.
Além da absolvição, o processo levanta questões sobre a conduta da Polícia Civil e da Polícia Federal em relação aos vazamentos. Tagliaferro nega ser o responsável pelos mesmos e atribui a responsabilidade à Polícia Civil, que ficou com seu celular por seis dias. A situação se complica ainda mais com o pedido de extradição feito por Moraes ao Ministério da Justiça, já que Tagliaferro se encontra na Itália.