Pesquisadores da Universidade de Lund, na Suécia, desenvolveram um teste cognitivo digital que permite um diagnóstico mais rápido e preciso da doença de Alzheimer, podendo ser realizado pelo próprio paciente. O teste exige mínima intervenção médica e ajuda os médicos a determinar quais pacientes precisam de exames mais aprofundados para detectar a doença em seu início. A doença afeta cerca de 1,8 milhão de pessoas com mais de 60 anos no Brasil, mas apenas 20% dos casos são diagnosticados.
O teste avalia o tempo de resposta do paciente em tarefas simples, como memorizar palavras e reconhecer datas. Os médicos observam não apenas a precisão das respostas, mas também a rapidez com que o paciente processa as informações. Essa abordagem é especialmente valiosa em postos de saúde que carecem de recursos e tempo para investigar a doença de forma aprofundada, ao contrário das clínicas especializadas em memória.
Com a combinação do novo teste digital e exames de sangue que buscam proteínas associadas ao Alzheimer, o diagnóstico se torna mais preciso. Isso permite que os médicos tomem decisões informadas e rápidas sobre o início do tratamento, potencialmente melhorando a qualidade de vida dos pacientes e acelerando o atendimento em um cenário onde a maioria dos casos permanece sem diagnóstico adequado.