Na quinta-feira, 4 de setembro de 2025, o Talibã confirmou que os terremotos que atingiram o Afeganistão na semana anterior resultaram em pelo menos 2.205 mortes e 3.640 feridos. As equipes de resgate continuam a retirar corpos dos escombros das casas destruídas, enquanto os sobreviventes enfrentam a dura realidade da escassez de recursos e incertezas sobre a ajuda humanitária. O país, com 42 milhões de habitantes, já é vulnerável devido à guerra e ao clima rigoroso, e agora enfrenta um agravamento da situação humanitária.
A escassez de assistência é intensificada pelas políticas do regime do Talibã, que restringem o acesso a ajuda internacional. Cortes no financiamento da ajuda externa, especialmente após as decisões do governo dos Estados Unidos, têm contribuído para o isolamento do Afeganistão. John Aylieff, chefe do Programa Alimentar Mundial no país, alertou que a organização só tem recursos para apoiar os sobreviventes por mais quatro semanas, enquanto as necessidades humanitárias aumentam rapidamente.
As consequências dos terremotos são devastadoras, com cerca de 6.700 casas destruídas e até 84.000 pessoas afetadas direta ou indiretamente. A Federação Internacional das Sociedades da Cruz Vermelha e do Crescente Vermelho destacou a gravidade da situação, enfatizando que o Afeganistão é propenso a desastres naturais devido à sua localização na cordilheira do Hindu Kush. A tragédia recente reitera a vulnerabilidade do país a catástrofes, como evidenciado por um evento semelhante em 2024 que deixou mais de 1.000 mortos.