Um terremoto de magnitude 6,2 atingiu o sudeste do Afeganistão nesta quinta-feira, marcando o terceiro tremor na região desde domingo, quando um dos terremotos mais mortais do país em anos causou a morte de mais de 2.200 pessoas. O epicentro foi identificado no remoto distrito de Shiwa, próximo à fronteira com o Paquistão, com relatos iniciais de danos na área de Barkashkot. O tremor ocorreu a uma profundidade de 10 km e se seguiu a uma série de terremotos que devastaram vilarejos nas províncias de Kunar e Nangarhar, deixando dezenas de milhares desabrigados e ferindo mais de 3.600 pessoas.
As operações de resgate estão em andamento, com equipes trabalhando para retirar corpos dos escombros das casas destruídas. As Nações Unidas e outras agências humanitárias alertam para uma necessidade crítica de alimentos, suprimentos médicos e abrigo, enquanto os recursos disponíveis diminuem rapidamente. A situação é alarmante, com estimativas indicando que até 84.000 pessoas foram afetadas direta ou indiretamente pelos tremores, e a Federação Internacional das Sociedades da Cruz Vermelha e do Crescente Vermelho destaca que as necessidades humanitárias estão crescendo rapidamente.
O Afeganistão, propenso a terremotos devido à sua localização geológica, enfrenta desafios adicionais em meio a um clima rigoroso e escassez de recursos para socorro. Com a infraestrutura já debilitada por anos de conflito e pobreza, muitos sobreviventes optaram por permanecer ao ar livre em vez de retornar a casas que oferecem pouca proteção contra novos tremores. A comunidade internacional é instada a não deixar o país enfrentar essa crise humanitária sozinha, conforme as necessidades emergenciais se intensificam.