A Companhia Mungunzá formalizou uma contraproposta à Prefeitura de São Paulo para a transferência do Teatro de Contêiner para um novo terreno na rua Helvétia, nº 807, no centro da cidade. O grupo condiciona o acordo à ampliação do espaço de 1.043 m² para 1.400 m², incluindo a criação de uma praça arborizada e a cobertura dos custos de desmontagem e transporte pelo poder público. Enquanto a ministra da Cultura, Margareth Menezes, e um representante da Funarte atuam como mediadores, a Prefeitura desmarcou reuniões que discutiriam a proposta e não respondeu ao pedido de posicionamento até o fechamento desta reportagem.
Marcos Felipe, cofundador da Companhia Mungunzá, destacou que a proposta foi elaborada após a Prefeitura oferecer um novo terreno, que não comporta o projeto original do teatro. O grupo solicita que o novo lote seja transferido à Secretaria Municipal de Cultura e Economia Criativa, com um termo de cessão-parceria válido por 30 anos. Além disso, a companhia se compromete a manter a função de praça pública e realizar 250 ações artísticas por ano, gratuitas ou a preços populares.
A situação é complicada por ações da Guarda Civil Metropolitana (GCM) no entorno do teatro, que resultaram em denúncias de uso excessivo da força. Embora a Prefeitura tenha prorrogado o prazo de saída e oferecido um novo endereço, as reuniões para discutir a contraproposta foram canceladas. A Mungunzá aguarda uma nova data e resposta oficial, enquanto busca garantir a continuidade de suas atividades culturais na cidade.