As taxas de juros futuras no Brasil apresentaram uma forte alta nesta terça-feira, impulsionadas por um movimento global de aversão ao risco e pela crescente percepção de risco local. Na manhã do dia 2 de setembro, a taxa do Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2027 alcançou 13,995%, em comparação ao ajuste anterior de 13,936%. Contratos de prazos mais longos também registraram elevações, com a taxa para janeiro de 2031 subindo para 13,66% e a de janeiro de 2033 para 13,84%.
O aumento das taxas ocorre em um contexto de incertezas econômicas e políticas. O retorno dos investidores norte-americanos após um feriado trouxe cautela em relação aos próximos dados econômicos e à política comercial do presidente Donald Trump. Além disso, o início do julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro no Supremo Tribunal Federal (STF) por tentativa de golpe de Estado intensifica os temores sobre a instabilidade política no Brasil e suas repercussões nas relações diplomáticas com os EUA. As atenções se voltam agora para a divulgação do relatório de emprego nos Estados Unidos, que poderá influenciar as expectativas sobre cortes de juros pelo Federal Reserve.