A taxa de desemprego no Brasil no trimestre móvel encerrado em agosto de 2025 manteve-se em 5,6%, igualando o menor índice registrado desde o início da série histórica da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O número de pessoas desocupadas caiu para 6,1 milhões, o menor contingente já registrado, enquanto o total de ocupados chegou a 102,4 milhões. O nível de ocupação alcançou 58,1%, o maior patamar da série.
Segundo o analista da pesquisa, a redução do desemprego está associada principalmente às contratações temporárias no setor público, especialmente na educação pré-escolar e fundamental, concentradas nas prefeituras. Houve também uma diminuição no número de trabalhadores domésticos, que migraram para outras atividades diante do mercado aquecido. A taxa de informalidade subiu ligeiramente para 38%, impulsionada pelo aumento do trabalho por conta própria sem CNPJ.
Apesar da política monetária restritiva e da taxa Selic elevada em 15% ao ano, o mercado de trabalho brasileiro apresenta sinais de força e estabilidade. O rendimento médio real dos trabalhadores cresceu 3,3% em relação ao ano anterior, chegando a R$ 3.488. Complementando esses dados, o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) registrou saldo positivo de 147 mil vagas formais em agosto e um aumento acumulado de 1,4 milhão nos últimos 12 meses, reforçando a tendência de recuperação do emprego formal no país.