A tatuadora brasiliense Layane Botosso, de 29 anos, vive uma jornada desafiadora desde que foi diagnosticada com um mioma intramural em 2021. Inicialmente medindo apenas 2 cm, o tumor benigno cresceu para 10 cm em 2024, causando sintomas severos como cólicas incapacitantes e sangramentos desregulados, culminando na perda de seu bebê, Liam, em abril de 2025. A dor física e emocional se intensificou com o abandono do companheiro, que a deixou em um momento de fragilidade extrema.
Layane tenta realizar uma intervenção cirúrgica desde o diagnóstico, mas enfrenta dificuldades com seu plano de saúde. Após descobrir que estava grávida no início de 2025, a alegria foi rapidamente ofuscada pelo medo, já que os médicos alertaram que o bebê competia por espaço com o mioma. A ginecologista Marina Almeida, que acompanha seu caso, prescreveu um medicamento que induz uma menopausa química temporária para reduzir os níveis de estrogênio e o tamanho do tumor até que a cirurgia possa ser realizada.
Atualmente, Layane lida com os efeitos colaterais do tratamento, como ondas de calor e perda de libido, enquanto os sangramentos persistem. Apesar da redução do tumor para cerca de 7 cm, a ginecologista alerta que os miomas afetam até 80% das mulheres em idade fértil no Brasil e podem impactar significativamente a qualidade de vida e a fertilidade. A prevenção é essencial, com exames ginecológicos regulares e tratamento apenas quando os sintomas se tornam incapacitantes.