O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), afirmou nesta segunda-feira (29) que não abordou o tema da anistia durante encontro com o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que cumpre prisão domiciliar em Brasília desde agosto. Em entrevista após a visita, Tarcísio defendeu o perdão aos condenados pela tentativa de golpe de Estado, incluindo Bolsonaro, citando a Lei da Anistia de 1979 como precedente histórico.
Segundo o governador, a revisão da legislação sobre crimes contra o Estado Democrático de Direito é responsabilidade do Congresso Nacional. Ele classificou os atos violentos ocorridos em 8 de janeiro de 2023 — quando apoiadores do ex-presidente invadiram o Supremo Tribunal Federal, o Congresso e o Palácio do Planalto — como deploráveis e condenáveis. No entanto, destacou que a anistia poderia ser um instrumento para promover a paz social.
Bolsonaro foi condenado pelo Supremo Tribunal Federal a 27 anos e três meses de prisão por tentativa de golpe após perder as eleições presidenciais de 2022 para Luiz Inácio Lula da Silva (PT). O posicionamento de Tarcísio reforça o debate político sobre possíveis medidas legislativas para tratar das consequências jurídicas dos eventos recentes no país.