O governador de São Paulo, Tarcísio Freitas, viaja a Brasília nesta terça-feira (1), primeiro dia do julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro no Supremo Tribunal Federal (STF). Ele deve se encontrar com o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta, enquanto intensifica suas articulações em favor da anistia a presos e condenados por tentativas de golpe de Estado em 8 de janeiro de 2023. O objetivo é pavimentar seu caminho rumo à candidatura à presidência da República em 2026, contando com o apoio integral de Bolsonaro.
Nesta segunda-feira, Tarcísio fez um novo aceno público à anistia, ao se reunir com o presidente do Republicanos, Marcos Pereira, que postou nas redes sociais sobre o encontro. Durante a conversa, eles discutiram a possibilidade de um indulto a Jair Bolsonaro como “primeiro ato” presidencial. A pressão por uma definição sobre a candidatura de Bolsonaro e a articulação política em torno da anistia podem moldar as alianças partidárias e influenciar o cenário eleitoral para o próximo ano.
O posicionamento do presidente do Republicanos ocorre em meio a tentativas do PL, liderado por Valdemar da Costa Neto, de atrair Tarcísio para sua legenda. Enquanto isso, o líder do PL na Câmara, Sostenes Cavalcante, afirma que não aceitará textos alternativos para o projeto de anistia. A situação se torna ainda mais complexa com as declarações de Eduardo Bolsonaro sobre a necessidade de uma anistia que não prejudique a imagem do ex-presidente americano Donald Trump em relação ao pai. O desfecho do julgamento de Bolsonaro, previsto para 12 de setembro, poderá ter repercussões significativas nas estratégias políticas dos envolvidos.