O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, figura como a maior expressão eleitoral da direita no Brasil, mas tem demonstrado cautela ao falar sobre sua possível candidatura à Presidência da República. Nesta segunda-feira, ele preferiu afirmar que disputará a reeleição ao Palácio dos Bandeirantes, evitando confrontar diretamente o clã Bolsonaro, que ainda exerce forte influência no bolsonarismo.
Apesar das hesitações públicas, Freitas é visto como um aliado poderoso do ex-presidente Jair Bolsonaro, atualmente preso e condenado a 27 anos de prisão. O governador paulista tem criticado a gestão do presidente Lula e apresentado propostas baseadas em reformas administrativas, privatizações e investimentos na saúde pública, destacando que São Paulo realiza cerca de 1,2 milhão de cirurgias por ano.
A postura dúbia de Freitas — entre o político acuado e o potencial candidato ao Planalto — reflete as divisões internas da direita brasileira. Caso não apresente uma agenda renovada, a direita corre o risco de fortalecer Lula nas eleições de 2026, que poderá capitalizar o desgaste do bolsonarismo e a crise gerada durante seu governo.