O Talibã, facção islâmica que governa o Afeganistão, anunciou neste sábado, 13, ter chegado a um acordo com os Estados Unidos para a troca de prisioneiros. O comunicado foi feito pelo ministério afegão de Relações Exteriores, com negociações lideradas pelo ministro Amir Khan Muttaqi e o enviado especial dos EUA, Adam Boehler. Embora os detalhes sobre os prisioneiros não tenham sido divulgados, o empresário americano Mahmood Habibi é um dos principais alvos da negociação.
O Talibã busca a libertação de Muhammad Rahim, que está detido na Base Naval de Guantánamo desde 2008. Em março, o grupo já havia libertado um cidadão americano, marcando a terceira soltura desde que Donald Trump assumiu a presidência pela segunda vez em janeiro deste ano. As relações entre os EUA e o Afeganistão se tornaram tensas após a decisão do governo Trump de banir a entrada de cidadãos afegãos nos Estados Unidos, citando preocupações com terrorismo.
Este acordo de troca de prisioneiros pode ter implicações significativas nas relações diplomáticas entre os dois países, especialmente considerando que Washington não reconhece formalmente o governo talibã. A situação é complexa, uma vez que o Talibã voltou ao poder em 2021 após a retirada das tropas americanas, e as negociações atuais podem ser vistas como um passo em direção à normalização das relações, apesar das tensões persistentes.