O Supremo Tribunal Federal (STF) dá início esta semana ao julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro, envolvendo também outros réus, em um processo que promete ser um divisor de águas na história política e jurídica do Brasil. Este julgamento não se limita à apuração de responsabilidades individuais, mas coloca à prova a força da Constituição de 1988 e a maturidade das instituições que sustentam o Estado Democrático de Direito. A Carta Magna, em seu artigo 1º, fundamenta a República Federativa do Brasil na soberania, cidadania e pluralismo político, pilares essenciais que devem ser preservados. O STF examinará se houve organização criminosa com a intenção de subverter a ordem democrática, utilizando dispositivos legais criados para proteger a Constituição. A legitimidade das decisões dependerá da estrita observância do devido processo legal e da ampla defesa, evitando que o tribunal se torne um palco de disputas políticas. O resultado deste julgamento não apenas influenciará a política imediata, mas também moldará a confiança da sociedade nas instituições e a percepção internacional sobre a solidez do regime democrático brasileiro. O STF tem a responsabilidade de afirmar que a Constituição é o centro de gravidade da República, demonstrando que o Brasil pode se defender de ataques à democracia sem abrir mão dos princípios democráticos.