Um grafite do renomado artista de rua Banksy, localizado na Royal Courts of Justice, em Londres, foi removido pelas autoridades na manhã de 8 de setembro de 2025. A obra, que retratava um juiz agredindo um manifestante com um martelo, foi registrada e compartilhada pelo artista em seu Instagram. A remoção ocorreu logo após a detenção de cerca de 900 manifestantes que se opuseram à guerra em Gaza, levantando preocupações sobre a liberdade de expressão e o tratamento dado a protestos no Reino Unido.
Embora a imagem não contenha uma referência explícita à Palestina, muitos interpretaram a obra como uma crítica ao contexto político atual, especialmente após a repressão da manifestação organizada pelo grupo Palestine Action no fim de semana anterior. Seguranças foram posicionados em frente ao grafite para impedir que transeuntes tirassem fotos antes que uma equipe chegasse para “limpar” o muro. Essa não é a primeira vez que uma obra de Banksy é apagada, mas a rapidez da remoção desta peça destaca a tensão entre arte e política na sociedade contemporânea.
O incidente não apenas reflete a abordagem das autoridades britânicas em relação a manifestações políticas, mas também provoca um debate mais amplo sobre a liberdade artística e os limites da expressão em tempos de crise. A obra de Banksy, conhecida por seu tom crítico e provocativo, continua a gerar discussões sobre o papel da arte na sociedade e sua capacidade de influenciar o discurso público. O apagamento do grafite pode ser visto como um símbolo da luta entre a arte e as restrições impostas pelo poder.