A Suprema Corte dos Estados Unidos confirmou a postura rígida de Donald Trump em relação à imigração, permitindo que agentes federais realizem operações no sul da Califórnia para deportar pessoas com base em critérios como raça ou idioma. A decisão suspende temporariamente a ordem de um juiz federal que impedia agentes de deter ou abordar pessoas sem ‘suspeita razoável’ de estarem no país ilegalmente, considerando fatores como etnia e sotaque. Três juízes liberais discordaram publicamente da medida, que foi criticada por violar a Quarta Emenda da Constituição.
Em julho, a juíza federal Maame Frimpong, de Los Angeles, havia determinado que as ações da administração Trump provavelmente violavam direitos constitucionais ao permitir detenções baseadas em perfis raciais. O processo judicial relatou a atuação de patrulhas móveis de agentes mascarados e armados, que realizavam detenções e interrogatórios de forma agressiva. Jason Gavidia, autor da ação, afirmou ter sido agredido por agentes que duvidaram de sua cidadania americana, evidenciando o clima de tensão e medo entre a população afetada.
A decisão da Suprema Corte representa mais uma tentativa de Trump de implementar políticas de imigração que foram barradas por tribunais inferiores. Com uma maioria conservadora de 6 a 3, a Corte tem apoiado o ex-presidente na maioria desses casos, reforçando sua agenda de endurecimento migratório. A medida levanta preocupações sobre os direitos civis e a segurança da comunidade imigrante na Califórnia, onde cerca de 10% da população é considerada ilegal.