A Suprema Corte dos Estados Unidos decidiu, na última sexta-feira, estender uma ordem que permite à administração Trump continuar bloqueando quase US$ 5 bilhões em fundos estrangeiros que foram aprovados pelo Congresso. A medida foi tomada após um juiz de tribunal distrital ter determinado que a decisão da administração de reter a ajuda era provavelmente ilegal, afirmando que o Congresso precisaria aprovar tal retenção. A votação foi de 6 a 3, com os três juízes liberais dissentindo da decisão.
O presidente Donald Trump havia enviado uma carta ao presidente da Câmara, Mike Johnson, explicando que estava utilizando uma rescissão de bolso, um mecanismo que permite ao presidente solicitar ao Congresso a retenção de fundos aprovados. De acordo com a legislação federal, o Congresso deve aprovar essa rescissão em até 45 dias, ou os recursos devem ser utilizados. No entanto, o ano fiscal terminará antes do fechamento desse prazo, e a Casa Branca argumenta que a inação do Congresso permite que não se gaste o dinheiro.
As reduções na ajuda externa tornaram-se uma característica marcante da agenda America First da administração Trump. Em sua opinião dissidente, a juíza Elena Kagan, acompanhada pelas juízas Sonia Sotomayor e Ketanji Brown Jackson, alertou que a decisão impede que os fundos cheguem aos seus destinatários pretendidos, não apenas agora, mas para sempre devido à sua iminente expiração. A administração classificou os fundos como contrários à política externa dos EUA.