A Suprema Corte dos Estados Unidos decidiu, em 8 de outubro, que os agentes de imigração em Los Angeles podem retomar o uso de táticas que, segundo críticos, equivalem a perfilamento racial. A maioria conservadora da corte suspendeu uma ordem de um tribunal federal que proibia o Immigration and Customs Enforcement (ICE) de questionar e deter pessoas com base em sua etnia ou idioma. Essa decisão permitirá que o ICE atue sem as restrições anteriormente impostas, enquanto a disputa judicial continua.
A ordem anterior, emitida pela juíza Maame Ewusi-Mensah Frimpong, visava proteger os direitos de imigrantes e cidadãos americanos, apontando para uma “montanha de evidências” de violações constitucionais por parte dos agentes. A juíza destacou que a abordagem indiscriminada poderia resultar na detenção de cidadãos americanos e pessoas com status legal. Em contrapartida, a procuradora-geral Pam Bondi celebrou a decisão como uma “vitória massiva” para a administração Trump, que defende a necessidade de ações rigorosas contra a imigração ilegal.
As implicações dessa decisão são profundas, pois críticos afirmam que ela abre caminho para abusos e discriminação contra latinos, colocando em risco suas liberdades civis. A diretora jurídica da ACLU, Cecillia Wang, expressou preocupação com o aumento do medo entre comunidades latinas, que agora vivem sob a ameaça constante de detenções baseadas em perfilamento racial. A Suprema Corte tem apoiado amplamente a agenda imigratória da administração Trump, o que levanta questões sobre os direitos constitucionais e a proteção de minorias nos Estados Unidos.