A Suprema Corte dos Estados Unidos decidiu, na segunda-feira, permitir que agentes federais retomem operações de imigração em massa em Los Angeles, fortalecendo os esforços de deportação do presidente Donald Trump. A corte, com uma maioria conservadora, anulou uma ordem do juiz federal Maame Frimpong que proibia a detenção de indivíduos sem ‘suspeita razoável’ de que estão no país ilegalmente. O juiz argumentou que as ações da administração Trump poderiam violar a Quarta Emenda da Constituição, que protege contra buscas e apreensões não razoáveis.
Em uma decisão de 6-3, a Suprema Corte atendeu a um pedido emergencial do Departamento de Justiça para suspender a ordem anterior, permitindo que as operações recomeçassem. O juiz Brett Kavanaugh, em sua opinião concordante, afirmou que a etnia aparente pode ser um ‘fator relevante’ quando considerada junto a outros fatores. No entanto, juízes como Sonia Sotomayor e Elena Kagan expressaram dissenso, alertando para o uso indevido do processo emergencial e os riscos à liberdade civil.
As implicações dessa decisão são significativas, pois levantam questões sobre discriminação racial e os direitos constitucionais dos imigrantes. A dissidência da juíza Sotomayor destaca preocupações sobre um governo que pode agir com base na aparência étnica, o que pode resultar em abusos e violações de direitos. Este é um tema em desenvolvimento que continuará a gerar debates sobre políticas de imigração e direitos civis nos Estados Unidos.