Na sexta-feira, 26 de setembro de 2025, a Suprema Corte americana decidiu que o governo de Donald Trump pode reter mais de US$ 4 bilhões em ajuda externa já aprovada pelo Congresso. O Brasil, que recebeu US$ 59 milhões em 2024, foi um dos países mais afetados, registrando uma queda alarmante de 83% em comparação ao ano anterior. A decisão, que foi aprovada por uma votação de 6 a 3, reflete a prioridade dada pela administração Trump à política externa em detrimento das necessidades de assistência internacional.
Os dados do U.S. Foreign Assistance revelam que a maior parte do financiamento destinado ao Brasil em 2024 foi alocada para programas de proteção ambiental, com US$ 16 milhões, seguidos por US$ 15 milhões para ajuda humanitária e US$ 11 milhões para governança. A decisão da Suprema Corte ocorre em um contexto onde um juiz federal havia determinado anteriormente a liberação dos fundos até o final de setembro, decisão que foi contestada pelo governo. Com a nova autorização, o futuro da assistência americana ao Brasil e a eficácia dos programas sociais e ambientais ficam incertos.
As implicações dessa decisão são profundas, especialmente para iniciativas que dependem da ajuda externa, como o programa ‘Tapajós for Life’, voltado para a proteção ambiental. A redução drástica nos investimentos pode comprometer não apenas projetos de conservação, mas também esforços humanitários e de combate ao crime organizado no país. O cenário atual levanta preocupações sobre como o Brasil poderá lidar com esses desafios sem o suporte financeiro necessário.