A Suprema Corte de Israel decidiu neste domingo (7) que o governo israelense não está fornecendo alimentação adequada para os prisioneiros palestinos, ordenando que as autoridades melhorem a oferta de alimentos. Essa é uma rara crítica do tribunal ao governo em meio à guerra contra o Hamas, que já resultou na prisão de milhares de pessoas em Gaza. Grupos de direitos humanos têm documentado abusos nas prisões, incluindo alimentação insuficiente e condições sanitárias precárias.
A decisão foi uma resposta a uma petição da Associação pelos Direitos Civis em Israel e do grupo Gisha, que alegaram que mudanças na política alimentar após o início do conflito levaram à má nutrição dos prisioneiros. Um painel de juízes da Suprema Corte concluiu que o Estado tem a obrigação legal de garantir um nível básico de existência aos detentos, citando indícios de que a alimentação atual não atende a esse padrão.
Em meio a essa decisão, o ministro da Segurança Nacional, Itamar Ben-Gvir, criticou a Suprema Corte por defender terroristas do Hamas enquanto os reféns israelenses em Gaza não recebem ajuda. Paralelamente, o Exército israelense intensificou seus bombardeios em Gaza, visando edifícios utilizados pelo Hamas, aumentando assim a pressão sobre o grupo terrorista em um contexto de crescente tensão na região.