O Superior Tribunal de Justiça (STJ) concedeu nesta sexta-feira (26) uma liminar que revoga a prisão preventiva do rapper Mauro Davi dos Santos Nepomuceno, conhecido como Oruam. Detido desde 22 de julho na Penitenciária Serrano Neves, no Rio de Janeiro, Oruam foi indiciado por sete crimes, incluindo tráfico de drogas e resistência à prisão, após um confronto com a polícia em sua residência. A decisão ainda não havia sido publicada até o início da noite, e o artista seguia preso.
Na decisão liminar, o ministro relator Joel Ilan Paciornik argumentou que a fundamentação para a prisão preventiva era insuficiente e que o juiz de primeira instância utilizou argumentos vagos sobre o risco de novas práticas criminosas. Oruam, que se entregou à polícia após ter sua prisão decretada, é filho de Márcio Nepomuceno, conhecido como Marcinho VP, um dos chefes do Comando Vermelho. A defesa do rapper nega qualquer ligação com o tráfico e afirma que ele é alvo de perseguição.
Com a revogação da prisão preventiva, Oruam poderá aguardar o julgamento em liberdade, sob medidas cautelares como comparecimento periódico em juízo e proibição de mudar de endereço. A decisão pode ter implicações significativas para sua carreira e imagem pública, especialmente considerando seu apelo entre os fãs e as controvérsias que cercam sua trajetória artística.