O rapper Mauro Davi dos Santos Nepomuceno, conhecido como Oruam, foi libertado nesta segunda-feira (29) após permanecer 69 dias preso no Complexo de Gericinó, em Bangu, Rio de Janeiro. A decisão foi tomada pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ), por meio de liminar concedida pelo ministro Joel Ilan Paciornik, que considerou que a prisão preventiva estava fundamentada em argumentos vagos. Oruam é acusado de tentativa de homicídio contra dois policiais civis durante uma operação realizada em julho.
A prisão ocorreu após o cumprimento de um mandado de busca na residência do artista, quando os policiais relataram ter sido atacados com pedras. A defesa do rapper contesta as acusações, alegando perseguição por parte da Polícia Civil e ausência de provas concretas. Como condição para a liberdade, Oruam deverá cumprir medidas cautelares, incluindo o uso de tornozeleira eletrônica, recolhimento domiciliar noturno e proibição de frequentar o Complexo do Alemão.
O STJ ressaltou que a gravidade do crime não justifica automaticamente a manutenção da prisão preventiva. O processo segue em andamento, e o rapper afirma que provará sua inocência ao longo das investigações. Após a soltura, Oruam foi recebido por fãs e amigos, entre eles outros artistas, e seguiu para a casa de um colega no Recreio dos Bandeirantes.