A Sexta Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ) retoma nesta terça-feira (2/9) o julgamento da arquiteta Adriana Villela, condenada a 61 anos de prisão por ter mandado matar seus pais no caso conhecido como Crime da 113 Sul. Desde sua condenação em 2019 pelo Tribunal do Júri de Brasília, Adriana recorre da decisão, com sua defesa pleiteando a anulação do júri, enquanto a acusação defende a prisão imediata da ré. O ministro Sebastião Reis Júnior já divergiu do voto do relator, Rogério Schietti, propondo a anulação do júri e da instrução penal que levou à condenação por triplo homicídio em 2009.
O julgamento se torna ainda mais crítico, pois o placar atual está empatado em 1 a 1, e o ministro Og Fernandes pediu vista, suspendendo o andamento do processo. Com o início da sessão previsto para às 13h, os ministros Antônio Saldanha Pinheiro e Otávio de Almeida Toledo também devem votar. Importante destacar que, segundo o Regimento Interno do STJ, não há possibilidade de novos pedidos de vista após este, o que significa que a Corte precisará decidir o destino de Adriana nesta terça-feira.
O crime ocorreu em agosto de 2009, quando José Guilherme, Maria e Francisca foram brutalmente assassinados em seu apartamento na 113 Sul, em Brasília. O ex-porteiro do prédio, Paulo Cardoso Santana, foi condenado a 62 anos por sua participação no crime, enquanto outros coautores receberam penas de até 60 anos. A defesa de Adriana insiste em sua inocência e argumenta que as investigações falharam ao não considerar seus álibis, enquanto o Ministério Público sustenta que o crime foi motivado por desavenças financeiras entre mãe e filha.