A Sexta Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ) decidiu, em 2 de setembro de 2025, anular a condenação de Adriana Villela pelo ‘Crime da 113 Sul’, um caso que ganhou notoriedade e foi tema de uma série documental. A decisão foi tomada por 3 votos a 2, com os ministros reconhecendo que houve cerceamento da defesa, uma vez que depoimentos essenciais foram apresentados apenas durante o julgamento, prejudicando a paridade entre acusação e defesa.
Com a anulação, o processo retorna à fase inicial, onde um novo juiz de primeira instância poderá decidir sobre a revalidação das provas já coletadas ou a produção de novas evidências. A expectativa é que o Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) recorra da decisão, o que poderá levar a novos desdobramentos legais. A situação se complica ainda mais, pois o acórdão detalhando os limites da anulação deve ser publicado no Diário da Justiça Eletrônico sem prazo definido.
Adriana Villela havia sido condenada a 67 anos e 6 meses de prisão por três assassinatos, incluindo o de seus pais e uma empregada da família, ocorridos em agosto de 2009. Com a nova decisão do STJ, ela não cumprirá essa pena e o caso voltará à estaca zero, permitindo que novos julgamentos e investigações sejam realizados. O impacto dessa reviravolta no caso é significativo, tanto para a defesa quanto para a acusação, e poderá influenciar futuras decisões judiciais relacionadas ao processo.