A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) dará continuidade ao julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro e de outros sete réus a partir de terça-feira, 9 de setembro. Eles são acusados de planejar uma tentativa de golpe de Estado em 2022. O julgamento, que foi retomado na semana passada, contará com sessões extras organizadas pelo presidente do colegiado, ministro Cristiano Zanin, para acelerar a conclusão da análise. Diferentemente das audiências de instrução, os réus não precisam comparecer presencialmente ao plenário da Corte.
O processo envolve figuras centrais do antigo governo e da cúpula militar, incluindo Alexandre Ramagem, Almir Garnier e Anderson Torres, todos respondendo por cinco crimes graves, como organização criminosa armada e tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito. A Câmara dos Deputados suspendeu parte das acusações contra Ramagem, mas o restante dos réus permanece sob intensa análise judicial. O STF programou uma série de sessões para a reta final do julgamento, que se estenderá até sexta-feira, 12 de setembro.
As consequências desse julgamento são potencialmente profundas para a política brasileira, podendo resultar em condenações que afetariam não apenas os réus diretamente envolvidos, mas também a percepção pública sobre a estabilidade democrática no país. A atenção nacional se volta para o STF, que desempenha um papel crucial na defesa das instituições democráticas diante de ameaças à ordem constitucional.